A APCDEC reproduz abaixo, Nota Oficial da ACI e apoia seu manifesto.
NOTA OFICIAL
Associação Cearense de Imprensa pede manutenção da ordem constitucionalA Associação Cearense Imprensa (ACI), diante do grave momento que vive a Nação, manifesta aos brasileiros e aos cearenses, em particular, sua mais contundente defesa da democracia, do direito e das garantias individuais, da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa. Para a ACI, tratam-se de pilares consagrados na Constituição de 1988 e que constituem um dos mais importantes avanços da sociedade brasileira.
Nesse sentido, a ACI considera vital a proteção da Ordem Constitucional, em que os três poderes constituídos da República trabalhem independente e harmonicamente, respeitando cada um seu papel constitucional e suas responsabilidades para com o país e para com o povo brasileiro.
Dentro desse espírito, a ACI entende que as investigações em curso em torno de atos de corrupção contra o patrimônio da Nação devem ser levadas a cabo com impessoalidade, independentemente de siglas partidárias, sob pena de gerar no seio da população desconfianças e perplexidade na ordem constitucional, em especial com relação ao dever do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Justiça.
A ACI também condena veementemente o espírito de intolerância e fanatismo que vem se impregnando nas relações sociais e pugna pelo respeito às manifestações públicas, seja de que matiz for, cobrando das autoridades constituídas e de cada cidadão a segurança e o respeito à liberdade de opinião, ao mesmo tempo em que repudia qualquer incitação ao ódio cujo rastilho pode dividir mais gravemente ainda a Nação.
E nessa conjuntura de crise na qual o papel da imprensa toma vulto, a ACI chama a atenção para a missão precípua do jornalismo – informar a verdade a bem do interesse público –, sem subterfúgios, sem cerceamento, sem amarras, sem vieses, uma imprensa livre, mas também sem a parcialidade e a espetacularização que a tornam protagonista suspeita dos jogos de poder.
Desse modo, a ACI condena quaisquer formas de violência, intimidação, constrangimento e cerceamento ao livre exercício do trabalho diário dos jornalistas, alertando ao público para a necessidade de observar a linha tênue e frágil que separa os limites do profissional e o poder da empresa.
A ACI, por fim, acredita em uma solução amparada no Estado de Direito e espera que as forças da Nação sustentem um diálogo maduro, inteligente e ético.
A DIRETORIA